quinta-feira, 16 de setembro de 2010

História

Os primeiros preservativos(camisinhas) eram feitos de partes (ceco) do intestino grosso dos animais. O representado na foto foi feito por volta do ano 1900.
Provavelmente os métodos mais antigos de contracepção (com exceção da abstinência sexual) são o coito interrompido, alguns métodos de barreira, alavagem vaginal e métodos com o uso de ervas.
coito interrompido (a retirada do pênis da vagina antes da ejaculação) provavelmente antecedeu todos os outros métodos de controle de natalidade. Uma vez que se tenha relacionado a liberação do sêmen no interior vagina com a posterior gravidez, alguns homens começaram a usar esta técnica. Este não é um método particularmente confiável de evitar a gravidez, já que poucos homens têm o auto-controle para praticar corretamente este método em cada uma das relações sexuais. Embora geralmente acredita-se que o fluido pré-ejaculatóriopode causar a gravidez, diversas pesquisas mostraram que este líquido não contém espermatozóides viáveis na primeira ejaculação, entretanto pode ser um meio de transporte para os espermatozóides da ejaculação anterior. [3][4]
Existem registros históricos de que as mulheres egípcias usavam um pessário (um supositório vaginal) feito de várias substâncias ácidas (vindas supostamente do estrume do crocodilo) e lubrificado com mel ou óleo, o que pode ter sido um tanto eficaz como espermicida. Entretanto, é importante frisar que os espermatozóides como células germinativas não foram descobertos até queAnton van Leeuwenhoek inventasse o microscópio no século XVII, logo os métodos de barreira empregados antes dessa época eram usados sem o conhecimento dos detalhes do concepção. As mulheres asiáticas podem ter usado o papel banhado a óleo como um capuz cervical, e as europeias a ceradas abelhas para esta finalidade. O preservativo, que surgiu por volta do século XVII, era feito inicialmente de uma tira do intestino de um animal. Ele não era popular, nem tão eficaz quanto os preservativos modernos de látex, mas foi empregado como meio de contracepção e na esperança de evitar a sífilis, que era extremamente temida e devastadora antes da descoberta dos medicamentosantibióticos.
Várias drogas abortíferas foram utilizadas durante toda a história humana, embora muitos não associassem o aborto induzido com o termo "controle de natalidade". Uma planta abortífera que se relatava ter níveis baixos de efeitos colaterais - Silphium - foi colhida até sua extinção em torno do século I.[5] Muitas mulheres ingeriam determinados venenos para causar distúrbios no sistema reprodutivo; bebendo soluções que contêm o mercúrio, o arsênico ou outras substâncias tóxicas para esta finalidade. O ginecologista grego Soranus noséculo II sugeria que as mulheres bebessem a água da qual os ferreiros tinham usado para resfriar o metal. As ervas atanásia (Tanacetum vulgare) e o Poejo são bem conhecidas pelo folclore como agentes abortíferos, mas estas ervas na verdade funcionam pois envenenam a mulher. Os níveis de compostos químicos nestas ervas que induzem o aborto são bastante altos, danificando o fígadorinse outros órgãos, tornando-as muito perigosas.[6] No entanto, naqueles tempos o risco de morte materna por complicações no pós-parto era alto, o que tornava o risco de efeitos colaterais dos métodos anticoncepcionais e abortivos existentes comparativamente menos significativos.
O planejamento familiar é facilitado em Kuala Terengganu,Malasia.
O fato de que vários métodos eficazes do controle de natalidade eram conhecidos no mundo antigo contrastava fortemente com uma ignorância aparente destes métodos por diversos segmentos da adiantada população da Europa cristã moderna. Esta ignorância continuou em alto grau no século XX, e foi acompanhada por taxas de nascimento extremamente elevadas em países europeus durante os séculos XVIII e XIX.[7] Alguns historiadores atribuíram isto a uma série das medidas coercivas decretadas pelos estados modernos emergentes, em um esforço de repovoar a Europa após a catástrofe populacional causada pela peste negra, começando em 1348. De acordo com este ponto de vista, a caça às bruxas eram a primeira medida que o estado moderno adotou em uma tentativa de eliminar o conhecimento sobre o controle de natalidade da população, e manter estas informações nas mãos de especialistas médicos masculinos (ginecologistas) empregados pelo estado. Antes da caça às bruxas, não se ouvia falar em ginecologistas masculinos, porque o controle de nascimento era naturalmente um domínio feminino.[8]
Alguns apresentadores em conferências de planejamento familiar narram um conto sobre comerciantes árabes que introduziram pequenas pedras nos úteros de seus camelos a fim impedir a gravidez, um conceito muito similar ao DIUmoderno. Embora a história seja repetida como uma verdade, não se tem nenhuma base histórica e só tem como finalidade o entretenimento da plateia.[9]Os primeiros dispositivos inter-uterinos (contidos na vagina e no útero) foram introduzidos no mercado inicialmente em torno de 1900. O primeiro dispositivo intra-uterino moderno (contido inteiramente no útero) foi descrito em uma publicação alemã em 1909, embora o autor parece nunca ter disponibilizado no mercado seu produto.[10]
O método rítmico, mais conhecido como o método da tabelinha, (com uma taxa de falha particularmente elevada de 10% por o ano) foi desenvolvido no início doséculo XX, quando os pesquisadores descobriram que a ovulação de uma mulher ocorre somente uma vez no ciclo menstrual. Somente após a metade do século XX, quando os cientistas compreenderam melhor o funcionamento do ciclo menstrual e dos hormônios que o controlavam, foram desenvolvidos oscontraceptivos orais e os métodos modernos de monitorização da fertilidade.

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